sobre ecomuseus de museus comunitários V

A ecomuseologia fracassou?

Nos anos noventa, perante a crise e decadência de muitos dos ecomuseus de referencia, discutiu-se a questão dos resultados desta nova museologia como produtora de “desenvolvimento”. Era então evidente um certo esgotamento de muitas destas expriências renovadoras na europa e no Canadá. Contudo, noutros lugares, como por exemplo no México e mas tarde no Brasil a museologia comunitária e os processos de participação das comunidades am ações de preservação e reconstrução das suas memórias, patrimónios e heranças florescia.

Na altura conclui-se a relevância para estes processos museológicos dos processos de gestão, das vontades políticas e da capacidade de agenciamento dos profissionais e a necessidade de qualificação desses profissionais.

Em paralelo, verificou-se igualmente que em muitos lugares se constituíram ecomuseus, que embora com uma preocupação de conhecer um território e ainda que nem sempre tivessem uma procupação de desenvolver a participação da comunidade, todos se articulavam na ideia do “desenvolvimento”. Deste modo, pode-se concluir que a ideia de ”desenvolvimento” de constitui como função da museologia.[1]

Grosso modo consideram-se hoje três tipos de museus.

  • O museu tradicional, com base nas colecções
  • O museu espectáculo, que procede essencialmente à celebração de narrativas, destinadas ao turismo ou a outros públicos
  • Os museus das comunidades, centrado na participação e na construção de novas narrativas.

[1] Ver Pereira, Pedro Cardoso (2010). O património perante o desenvolvimento. Lisboa, tese de doutoramento em museologia.