Comentando a música pós-colonial no Lisboa Mistura

O Lisboa Mistura está de volta em 2016 e a Afrolis esteve na Casa Intendente para ouvir a conversa sobre “A música pós-colonial de Portugal – do irromper do Hip Hop nos anos 1990 às manifestações Afro-House do presente”
com Vitor Belanciano, António Brito Guterres, Teresa Fradique, António Contador, Rui Miguel Abreu.

António Contador, um dos oradores:

“Música pós-colonial pode ser o rap que se fazia cá nos anos noventa, pode ser também o Kuduro que se fazia em Portugal nos anos noventa aqui, em Lisboa, e que mudou, que se transformou e que hoje é consumido, se calhar, em maior escala, em Portugal, em Lisboa, mas também nos arredores, em Paris, etc. É também, eventualmente, o Funaná que se dança no BLeza, mas, se calhar, o que me interessava mais dizer é a profunda repulsa que tenho com o termo pós-colonial. Eu acho que há um grande trabalho a fazer…

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Revoluções silenciosas: a convivialidade

Leonardo Boff

Com a queda do muro de Berlim em 1989 e com ele o socialismo que fazia o contraponto (independentemente de seus graves erros internos) ao capitalismo, este terminou triunfalmente ocupando todos os espaços na economia e na política. Com a chegada ao poder de Margareth Thatscher na Inglaterra e de Ronald Reagan nos USA, a lógica capitalista ganhou livre curso: liberalização completa dos mercados com a ruptura de todos os controles, a introdução do estado mínimo, das privatizações, da concorrência sem fronteiras e do crescimento sem qualquer consideração para com a natureza.

Essa assim chamada de“mundialização feliz” não foi tão feliz assim.

O prêmio Nobel de economia Joseph Stigliz pôde escrever ainda em 2011: ”somente o 1% dos mais ricos fazem funcionar a economia e o inteiro planeta em função de seus interesses”(“Of the 1% by 1% em Vanity Fair, maio 2011). Em razão disso um dos…

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O império colonial e os da Câmara de Lisboa

Courelas

Lisboa Olivais 30Jun2011 (44)

Um dos locais mais relevantes de Lisboa, com importância paisagística, cultural, simbólica, chama-se Praça do Império. Foi nela, no interior do Mosteiro dos Jerónimos ao qual ela foi aposta, que o Portugal democrático simbolizou o seu passo político mais importante, a assinatura do tratado de adesão à União Europeia (então Comissão Económica Europeia). Foi nela que o Portugal democrático estabeleceu a sua primeira grande “obra de regime”, a construção do, então tão polémico mas agora pacífico, Centro Cultural de Belém.

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O comendador (uma memória longa)

Com um abraço ao comendador

Courelas

Ordem_do_Merito_-_Oficial[Anda tudo a protestar contra a atribuição de condecorações – até parece que há poucos assuntos no mundo sobre os quais escrever – e então boto eu a propósito da matéria.]

É uma história familiar, em que refiro a senhora minha mãe. Mas, felizmente, ela, que já  é nonagenária e continua a ler e a escrever, não cedeu a estas modismos bloguísticos (e fboquísticos), não a lerá aqui, e assim não se incomodará que eu a ecoe em público. Sempre a contei aos meus amigos (a parentela espiritual, claro), mas boto-a agora pois vem a propósito desta apatetada vaga anti-condecorações, acima de tudo denotativa de um pérfido elitismo anti-democratizador, e quanto precisa Portugal da democratização das gentes …

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Walter Benjamin comentado por Marilena Chauí

A CASA DE VIDRO

benjamin

benjaNa tese 7 de “Sobre o Conceito de História”, Walter Benjamin escreve: “Todos os que até hoje venceram participam do cortejo triunfal em que os dominadores de hoje espezinham os corpos dos que estão prostrados no chão. Os despojos são carregados no cortejo, como de praxe. Esses despojos são os que chamamos de bens culturais. Todos os bens materiais que o materialista histórico vê têm uma origem que ele não pode contemplar sem horror. Devem sua existência não somente ao esforço dos grandes gênios que os criaram, como à corvéia anônima de seus contemporâneos. Nunca houve um monumento de cultura que também não fosse um monumento da barbárie. E, assim como a cultura não é isenta de barbárie, não é, tampouco, o processo de transmissão da cultura. Por isso, na medida do possível, o materialista histórico se desvia dela. Considera sua tarefa escovar a história a contrapelo.”

Essa passagem de Benjamin…

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Celebração do 20º Aniversário da CPLP na Freguesia de São Vicente, 17 Julho (domingo)

Centro InterCulturaCidade

Evento_FB_20 anos cplp
Esta iniciativa e insere-se no âmbito do Circuito Cultural Lusófono e é realizada pelo Centro InterculturaCidade em parceria com a Junta de Freguesia de São Vicente, a EPAR e o Centro das Artes Culinárias.

PROGRAMA:

AUDITÓRIO DA JUNTA DE SÃO VICENTE (Junto ao Panteão Nacional)
14:30 – 17:30 | CINEMA
A ILHA DOS ESPÍRITOS*, de Licínio de Azevedo «Moçambique»
MULHERES  DO SAMBA DE RODA, de Luciana Barreto e Rosildo do Rosário «Brasil»
EUGÉNIO TAVARES, CORAÇÃO CRIOULO, de Júlio Silvão Tavares «Cabo Verde»

*Em antevisão do Ciclo dedicada à obra do realizador, que decorrerá em breve no Centro InterculturaCidade.

CENTRO DE ARTES CULINÁRIAS /MERCADO DE SANTA CLARA
Campo de Santa Clara [Feira da Ladra]
18:00 | Sessão comemorativa
18:30 | Poesia com OLINDA BEJA (STP)

20:00 | Jantar
[Gastronomia de vários países lusófonos. Sujeito a reserva]

21:30 | Concerto
FILIPE SANTO «São Tomé e Príncipe»
CARLA CORREIA

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